Especial Café: Mercado pressionado

Notícias de quebra da safra impulsionaram o preço do café

A seca e o valor favorável do dólar foram os principais fatores responsáveis pela mudança de cenário na cafeicultura, como dissemos no post de sexta-feira (leia). E em parte, esse aumento se deve às pressões sofridas pelo mercado.

Assim, com o mercado pressionado pelo aumento da bolsa - o dólar estava mantido na casa dos R$ 2,30 a R$ 2,40 – e com os rumores de quebra de produção se tornando realidade por causa da estiagem, que passou dos 40 dias em SP e MG (as principais regiões produtoras de Arábica), as entidades nacionais e internacionais se viram obrigadas a refazer as previsões.

Nesse momento – alguns dias antes do Carnaval –, já se especulava uma quebra de 20% da safra brasileira, o que representaria 10 milhões a menos de sacas no mercado (como noticiamos no blog). Então, era preciso entender o que poderia acontecer caso essas previsões se confirmassem.

E então veio a resposta que ninguém gostou: o consumo é maior do que a produção. Ou seja, vai faltar café. Conclusão: o Arábica dobrou de preço, chegando a variar entre R$ 460 e R$ 500 a saca. Alta de mais de 80% para o Arábica e mais de 40% para o Conilon.

E o Conilon veio junto, pois, com a subida do preço do Arábica, a indústria voltou a torrar mais o primeiro tipo.

Amanhã vamos falar sobre as previsões para o resto do ano e também para 2015, que aliás, não são das mais otimistas. Até lá!

Foto: Abdulaziz Ceylan