Previsões de quebra da Soja

Produtores já estão cautelosos e movimentam menos o mercado

O café não é o único grão brasileiro a sofrer com a falta de chuva em algumas regiões. Depois das notícias de quebra da safra da bebida, os especialistas também já projetam uma pequena queda na produção de soja.

E essa expectativa já está refletindo nas regiões produtoras. De acordo com o CEPEA, as negociações da oleaginosa e seus derivados têm ocorrido de forma mais lenta no País e no mercado externo.

E a explicação está na precaução. Com essas notícias, os vendedores estão retraídos para negociações de pronta entrega, apostando na estocagem e na venda a preços maiores nas próximas semanas.

Mas a necessidade de “fazer caixa” para pagamento das despesas de custeio, no entanto, pode influenciar o mercado interno. As incertezas sobre a safra brasileira são um dos fatores que ajudam a sustentar os valores no mercado interno. Os preços ao produtor em Sorriso (MT), por exemplo, acumularam alta de quase 9% ao longo de fevereiro.

Liderança ameaçada

E se a quebra se concretizar, certamente o Brasil irá adiar o sonho de ser o maior produtor mundial do grão. De acordo com a Conab, a oferta nacional seria de 85,4 milhões de toneladas. Apesar de ainda ser 4,8% maior que da temporada anterior e um recorde, já será inferior à dos Estados Unidos, donos da marca.

Dados do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), divulgados há uma semana indicam que o Brasil deve produzir 88,5 milhões de toneladas de soja na safra 2013/14, queda de 1,7% no comparativo com a estimativa de fevereiro. Mesmo assim, seriam 7,9% acima da quantidade da temporada anterior.

(Fonte: Cepea – www.cepea.esalq.usp.br)

Foto: Kátia